23/04/2024 às 16h04min - Atualizada em 23/04/2024 às 16h04min

Estado certifica 356 municípios com melhores índices de vacinação

Selo Bora Vacinar é parceria do Governo de Minas com Ministério Público para valorizar as prefeituras que atingiram ou se aproximaram das metas de imunização

Agência Minas
Foto: Fábio Marchetto / SES-MG

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entregaram o selo de reconhecimento Bora Vacinar a 356 municípios mineiros. Essas cidades alcançaram ou se aproximaram das metas de vacinação instituídas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 2023.

O selo Bora Vacinar foi criado no ano passado pelo Governo de Minas e o MPMG para estimular ações municipais de incentivo à vacinação e combater doenças imunopreveníveis, evitando assim a ocorrência de novas epidemias e o retorno de doenças já erradicadas. O projeto tem ainda parceria da Associação Mineira de Municípios (AMM) e do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems).

Na cerimônia, realizada na segunda-feira (22/4), em Belo Horizonte, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti destacou a importância de trabalhar em conjunto com o MPMG. “Essa parceria está nos ajudando muito a chegar lá na ponta e ampliar cada vez mais as ações de prevenção em todo o estado”, afirmou.

“O sucesso dos programas de imunização no Brasil em anos anteriores acabou fazendo com que a própria população se descuidasse da questão da vacinação. Por isso, nosso esforço é maior ainda e precisamos muito da atuação dos prefeitos, secretários de saúde, coordenadores de vigilância, agentes comunitários de saúde, enfermeiros, entre outros profissionais da ponta”, salientou Baccheretti, durante a cerimônia, que contou ainda com a presença do advogado-geral do Estado de Minas Gerais (AGE-MG), Sérgio Pessoa.

Fábio Marchetto / SES-MG

O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, alertou para a complexidade do momento, em que notícias sem embasamento contribuem para comprometer os índices de cobertura vacinal no Brasil. “As vacinas são uma das grandes conquistas da humanidade. Mas, infelizmente, vimos nos últimos tempos uma campanha de desinformação à população e muitas pessoas se recusando a vacinar. Temos que reverter esse quadro, que é muito complexo”, lamentou.

Ele ressaltou a contribuição do selo para o cenário. “O selo Bora Vacinar é muito importante porque é o reconhecimento a quem está fazendo, quem está trabalhando, quem está atingindo as metas. Portanto, eu quero agradecer a cada um de vocês e dizer que o Ministério Público trabalhará, assim, ao lado dos municípios, para retomarmos aquilo que já tivemos de cobertura vacinal”, declarou.

Critérios e mais cidades alcançadas

O Selo Ouro é conferido ao município que atinge a meta nas 14 vacinas avaliadas para crianças menores de um ano e com um ano de idade e o selo Prata é concedido ao município que consegue atingir de dez a 13 vacinas, que são BCG, Rotavírus Humano, Pneumocócica, Meningo C, Pentavalente (DTP/HepB/Hib), Poliomielite VIP, Febre Amarela, Pneumo10 (1° Reforço), Meningo C (1° Reforço), Tríplice viral - D2, Poliomielite VOP, DTP (1°Reforço), Varicela e Hepatite A infantil.

A meta de cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Saúde para as vacinas BCG e rotavírus é de 90%. Para as demais vacinas, a meta é de 95%. 

Em comparação ao ano passado, na primeira edição do Selo Bora Vacinar, houve um aumento de quase 25% em relação ao número de municípios certificados com os selos ouro e prata, passando de 286 para 356. O selo Ouro foi conferido a 122 municípios, enquanto o selo Prata foi entregue a 234 cidades.

“Essa é uma maneira de incentivar, de motivar os municípios a melhorarem e cumprir as metas de vacinas. Sabemos que não é fácil, presenciamos isso no nosso município e temos certeza que nos outros municípios também. Então temos que fazer o papel de ir atrás para cumprir as metas para que nossos municípios estejam melhores, com mais saúde e com mais vida”, observou Alexandre de Cássio Borges, prefeito Ibitiúra de Minas, uma das cidades que recebeu o selo Ouro. 

Atuação da SES-MG

A entrega do selo Bora Vacinar se insere em um rol de medidas realizadas pela Secretaria de Estado de Saúde na busca pelo aumento das coberturas vacinais no estado, com investimentos que superam R$ 265 milhões. 

Fábio Marchetto / SES-MG

“Minas Gerais se destaca como um dos estados que mais tem investido no programa de imunização”, comemora o subsecretário de Vigilância em Saúde de Minas Gerais, Eduardo Prosdocimi.

“Investimos mais de R$100 milhões para a aquisição de vacimóveis, que irão rodar todo o estado fazendo vacinação extramuros, em escolas, praças e em eventos, ampliando o acesso das vacinas para toda a população”, diz, em referência às vans adaptadas para atuar com centro de vacinação itinerante, equipada com refrigeração, pia para higienização, cadeiras e mesas, além de armários e com toda estrutura adequada para que as equipes de vacinação realizem seu trabalho com eficiência e segurança. 

Todos os municípios acima de 50 mil habitantes receberam recurso para ter seu próprio vacimóvel e os demais serão contemplados por meio dos consórcios de saúde, que também receberão recurso para compra, num total de 253 veículos.

“Além dos investimentos, a SES-MG tem coordenado o Dia D de vacinação, uma grande ação de mobilização, que envolveu, neste ano, mais de 620 municípios mineiros. Temos incentivado também a extensão dos horários e dias de funcionamento das salas de vacinação em todo o estado, a fim de aumentar cada vez mais a cobertura vacinal e atualizar os cartões de vacinação”, acrescenta Eduardo Prosdocimi.

Outra novidade é o investimento de mais de R$ 165 milhões para premiar os municípios que melhorarem a sua cobertura vacinal. A ideia é incentivar que os municípios alcancem os índices de vacinação recomendados pelas autoridades de saúde.

“É importantíssimo que toda a população se engaje na vacinação e mantenha a caderneta dos seus filhos atualizada, pois só assim iremos prevenir doenças que nem existiam mais e hoje correm o risco de voltar e teremos uma saúde individual e coletiva cada vez melhor”, conclui o subsecretário Eduardo Prodoscimi.


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