29/09/2015 às 10h26min - Atualizada em 30/09/2015 às 08h26min

Polícia Civil anuncia prisão de ‘Bolinha’ na estrada velha Leopoldina x Cataguases

Ele foi visto por um sitiante que o seguiu e ligou para a Polícia. Ele foi apresentado na Delegacia de Polícia Civil de Cataguases e será transferido para Juiz de Fora

João Gabriel Baía Meneghite
José Carlos da Silva Sabino, de 31 anos de idade, mais conhecido como Bolinha na hora da prisão. ( Divulgação Polícia Civil )

A Polícia Civil de Leopoldina anunciou a prisão na estrada velha que liga Leopoldina, a Cataguases, de José Carlos da Silva Sabino, de 31 anos de idade, mais conhecido como Bolinha, suspeito do assassinato da menina Érica Simião de Oliveira. Ele foi visto por um sitiante que o reconheceu e ligou para a Polícia, que efetuou sua prisão na manhã de terça-feira, 29 de setembro. Inicialmente ele foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Cataguases, para evitar o movimento organizado por moradores de Leopoldina, que pediam justiça e foram em manifestação para a frente da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Leopoldina. O receio era que ‘Bolinha fosse linchado. Fragilizado por estar há vários dias sem se alimentar ele não teve condições de prestar depoimento em Cataguases e foi transferido para Juiz de Fora onde recebeu atendimento médico para em seguida prestar depoimento. A Justiça decretou sua prisão temporária por 30 dias. Já em Juiz de Fora, onde 'Bolinha' foi transferido, ele confessou o crime e alegou o uso de drogas. Ele será indiciado por homicídio qualificado e estupro.

O crime

Érica, que iria completar 5 anos no próximo dia 4 de outubro,  foi encontrada morta na manhã de sábado, 26 de setembro, na rua Dr. José de Melo Lima Júnior, bairro Popular, defronte à BR166, em Leopoldina, com diversas escoriações pelo corpo e com mato na boca, com evidências de asfixiamento e violência sexual.

Em entrevista ao jornal Leopoldinense, a mãe da menina, Barbara Resende, comentou que chegou a sua casa por volta das dez horas da noite e foi se deitar com seus filhos. "Quando acordei pela manhã só estavam os meus outros dois filhos. Eu perguntei:  Keka, cadê a sua irmã?" - “O ‘Bolinha’ pegou ela mãe!” Respondeu a irmã mais velha que se escondeu atrás a geladeira com medo.Segundo o delegado de plantão da Polícia Civil naquele dia,  Márcio Rocha, foi realizada uma busca na casa de ‘Bolinha’, que é conhecido da família da menina, no bairro Limoeiro, onde foi encontrada uma bermuda com possíveis manchas de sangue, que foram encaminhadas para exames de confrontação de DNA.

Em entrevista ao jornal Leopoldinense,  o delegado André Lima disse que além irmã da vítima, há outra testemunha que viu ‘Bolinha’ sair do mato na região onde a menina foi morta.  O caso repercutiu nacionalmente e equipes de várias emissoras de televisão fizeram a cobertura jornalística, além dos principais jornais de Minas Gerais. O crime revoltou a população de Leopoldina, que fez uma manifestação na porta da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Leopoldina no dia da prisão. Por causa da revolta da população a apresentação do criminoso ocorreu em Cataguases que faz parte da jurisdição da Regional de Leopoldina.

Trabalho integrado entre a Polícia e a população, foi essencial para a prisão.

  Vale destacar o trabalho integrado entre as polícias militar e civil, que resultou na prisão do suspeito. Os policiais se dedicaram nas buscas desde que tomaram conhecimento do crime. A Polícia Militar de Minas Gerais demonstrou força acionando o seu efetivo, reforçando as buscas aéreas através do helicóptero Pégasus, que veio de Belo Horizonte, e com cães farejadores da ROCCA - Ronda Ofensiva com Cães de Muriaé.

 O envolvimento dos militares foi tão grande que policiais de toda a região se prontificaram em ajudar nas buscas, inclusive militares aposentados, como foi o caso do experiente Sgt. Leandro, que atuou como voluntário.

Em contato com o jornal Leopoldinense, o delegado titular da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil Dr. Paulo Henrique Marinho Goldstein fez questão de agradecer a solidariedade da população leopoldinense, que contribuiu muito com as investigações. “Gostaria que destacassem isso, pois a população nos ajudou muito a efetuar essa prisão”, comentou.

  

  

 

 

 


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