22/12/2015 às 09h14min - Atualizada em 22/12/2015 às 09h14min

CAGED registra queda no número de empregos formais em Leopoldina em 2015

Depois de três anos seguidos com números positivos, o acumulado de janeiro a novembro de 2015 aponta saldo negativo de -164 empregos no município.

Luiz Otávio Meneghite com informações do MTPS
Em novembro, houve desaceleração no ritmo de queda de postos ocupados no mercado de trabalho brasileiro. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado na sexta feira, 18 de dezembro, pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), aponta redução de 130.629 empregos com carteira assinada no mês passado, com declínio de 0,32% em relação a outubro, quando o estoque havia decrescido 0,42% (-169.131 postos).

Em Leopoldina, o saldo ficou positivo em 2012 com 292 postos de trabalho preenchidos. Em 2013 o número oscilou para 281 e em 2014 para 361 positivamente. No entanto, o saldo acumulado de janeiro a novembro de 2015 ficou negativo em -164 empregos.

Já em Cataguases, os números  foram baixos em 2012 com 39 postos de trabalho preenchidos. Número que oscilou positivamente para 99 em 2013, mas ficou em 2014 com saldo negativo de -29 empregos de carteira assinada. De janeiro a novembro deste ano houve uma recuperação com um saldo positivo de 322 empregos.

Em Muriaé, os números foram positivos em 349 empregos de carteira assinada em 2012. Em 2013, o crescimento de postos de trabalho chegou a 820 empregos, caindo para 231 em 2014 e ficando com saldo negativo de -177 empregos de janeiro a novembro de 2015.

Em Além Paraíba, os números foram negativos em -183 em 2012 e -21 em 2013. Em 2014 houve uma recuperação com saldo positivo de 53 empregos de carteira assinada e no período de janeiro a novembro de 2015 o número de empregos ficou negativo em  -111 postos de trabalho.

A situação mais alarmante na região ficou com Ubá onde houve uma escala positiva de 1.220 empregos em 2012; 140 em 2013 e 137 em 2014. Mas, no período de janeiro a novembro de 2015 o número de empregos ficou negativo em -1.610 postos de trabalho.

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As explicações do Secretário de Desenvolvimento de Leopoldina



Para o Secretário Municipal de Desenvolvimento de Leopoldina, Valter Carlos Gonçalves de Mattos, “Minas Gerais foi o estado mais atingido com a crise do emprego e o número deficitário de -164 empregos em Leopoldina foi repercussão da paralisação provisória do CD da Zema com a perda só ali, de 89 postos de trabalho e a paralisação de grandes obras públicas como a suspensão temporária da construção do conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida, onde trabalhavam cerca de 70 pessoas, cuja obra deve ser retomada em 2016. Pode-se incluir também na lista de causas das perdas de postos de trabalho o fechamento da Beto Confecções, que não teve como competir com os importados da China. No entanto, acredito que até 31 de dezembro de 2015, vamos fechar com números positivos pelas contratações temporárias no comércio, assim como ocorreu em 2013 e em 2014 quando fechamos o Caged positivo. Tenho a certeza absoluta que no ano de 2016, a situação do emprego vai ser muito favorável com a reativação do CD da ZEMA, inauguração das Lojas Americanas, abertura de nova agência bancária e as obras públicas já programadas para saírem do papel”, vislumbrou o secretário.

As explicações do MTPS

Segundo o diretor do Departamento de Emprego e Salário da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego do MTPS, Márcio Borges, este comportamento pode ser justificado em razão, fundamentalmente, do desempenho do setor Comércio (+ 52.592 postos), que apresentou o melhor resultado desde novembro de 2014  (+ 105.043 empregos). “Contribuiu também para este quadro de arrefecimento o setor de Serviços, que, embora tenha apresentado uma redução de 23.312 postos, obteve um resultado melhor que o aferido em outubro último, quando a queda chegou a 46.246 postos”, explicou.

O estoque de 40,26 milhões de empregos registrado em novembro de 2015 ocupa a terceira posição no ranking da série história (iniciada em 1992), sendo inferior somente aos resultados aferidos em novembro de 2014 (41,79 milhões) e de 2013 (41,29 milhões). No acumulado do ano, o nível de emprego formal apresenta um recuo de 945.363 postos de trabalho (-2,29%) e, nos últimos 12 meses, a variação negativa chega 3,66% (-1.527.463 postos).

No recorte geográfico, os dados do CAGED demonstram que houve redução no nível de emprego em todas as Grandes Regiões do Brasil. Porém, quatro delas também sinalizam uma desaceleração no ritmo de queda: Sudeste, Sul, Nordeste e Norte.

Entre as vinte e sete unidades da federação, quatro elevaram o nível de emprego, com destaque para Alagoas, que gerou 3.140 novos postos de trabalho em novembro. Por outro lado, São Paulo (-32.291 postos), Minas Gerais (-18.734 postos) e Goiás (-11.905 postos) foram os estados que mais reduziram o contingente de trabalhadores formais celetistas. Mas, nos casos de São Paulo e Minas Gerais, os declínios de empregos registrados no mês passado foram menores que aqueles verificados em outubro (-50.423 postos e -24.502 postos, respectivamente).

Comércio contribui para desaceleração no ritmo de queda de empregos formais
 
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados na sexta-feira (18) pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), apontam que a desaceleração no ritmo de queda na geração de empregos formais no Brasil em novembro foi puxada principalmente pelo Comércio. O setor respondeu pelo incremento de 52.592 postos de trabalho no mês passado, em decorrência das contratações de final de ano.

Nos outros sete setores de atividade econômica houve retração no nível de emprego. Os saldos mais negativos foram registrados na Indústria de Transformação (-77.341 postos de trabalho), na Construção Civil (-55.585 postos) e nos Serviços (-23.312 postos).  
Mesmo com a queda, o setor de Serviços também apresentou uma diminuição no ritmo em relação a outubro (-46.246 postos). Na Agricultura, destaca-se que, mesmo com saldo negativo de 21.969 postos, em função da presença de fatores sazonais, foi aferida a menor retração para um mês de novembro desde 2009 (-16.628).

Em Minas Gerais e São Paulo, os declínios nas vagas de trabalho com carteira assinada, registrados no mês passado, foram menores que aqueles verificados em outubro, também refletindo a desaceleração no ritmo de queda de empregos formais aferida pelo CAGED em todo o Brasil. Contudo, as capitais desses dois estados foram as principais responsáveis pela redução de 0,23% no nível de emprego (-36.668 postos) conjunto registrado nas nove áreas metropolitanas do País. Em Belo Horizonte, o saldo negativo foi de 6.888 vagas (-0,45%) e, em São Paulo, de 15.305 (-0,23%).

Regiões – No recorte geográfico, os dados do CAGED demonstram que todas as Grandes Regiões reduziram o nível de emprego, com quatro delas sinalizando uma desaceleração no ritmo de queda em relação ao mês de outubro. No Sudeste, foram perdidos 59.337 postos (-0,28%) em novembro, ante menos 97.384 postos (-0,46%), no mês anterior. O Sul teve saldo negativo de 16.402 (-0,22%), ante menos 21.422 registrados (ou -0,29%) em outubro. Na Região Nordeste os decréscimos foram de 15.949 (-0,24%) e 17.630 (-0,27%), respectivamente, em novembro e outubro. E, no Norte, menos 15.832 (-0,84%), e menos 16.260 (- 0,86%), nos dois últimos meses. A região Centro-Oeste, com menos 23.109 empregos (-0,72%), foi a única que intensificou o nível de queda, na comparação com outubro (-16.435 postos ou -0,51%).
 
Informações para imprensa/MTPS


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