As respostas oferecidas como opção para o leitor na presente enquete tiveram um tom misto de saudade de um passado já um pouco distante e de lembranças mais recentes de serviços que durante algum tempo ficaram à disposição da população contribuinte de Leopoldina e dos quais ela sente falta.
A pergunta provocativa:
O que Leopoldina já teve que você gostaria de ter de novo?, teve respostas que remeteram o pensamento às décadas de 1960/70 quando as praças ainda ostentavam lagos e coreto e eram cuidadas por mãos habilidosas de jardineiros e protegidas do vandalismo pela guarda noturna como coadjuvante da laboriosa Polícia Militar.A Guarda Mirim talvez tenha sido na sua época o instrumento de inclusão social mais eficaz que Leopoldina já teve. Adolescentes, que poderiam ter se tornado ‘aborrecentes’, tiveram seu caráter forjado dentro da corporação e muitos que por lá passaram ingressaram na idade adulta nas Polícias Civil e Militar, seguiram carreira nas Forças Armadas, na Prefeitura, na Copasa e na iniciativa privada, apenas para citar alguns exemplos. Sua extinção, infelizmente, se deu por força da legislação trabalhista que não permite o trabalho de menores de 14 anos e o trabalho educativo que ela proporcionava foi confundido por quem deveria aplicar a lei naquela época e a defesa de sua permanência foi frágil e ela se extinguiu, ou melhor, foi extinta.
O transporte ferroviário de turismo Os mais velhos com certeza se lembram da linha férrea que com sua ‘Maria Fumaça’, cortava o centro da cidade de Leopoldina. O sonho de ver reativada a estrada de ferro no município está prestes a se tornar realidade graças à união de representantes políticos, empresários, voluntários e autoridades de diversos setores dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais se juntaram para criar o primeiro trem turístico interestadual do Brasil. Prevista para começar a circular no primeiro semestre de 2016 e já batizada de Expresso Trem da Terra, a composição terá duas locomotivas, quatro vagões e dois carros-restaurantes. Os equipamentos, da década de 1970, oriundos da Fábrica Santa Matilde, estão sem utilidade e foram cedidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Eles estão sendo recuperados em parceria com a iniciativa privada.
De acordo com o idealizador do projeto, Paulo Henrique Nascimento, presidente da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Amigos do Trem, ,o Trem da Terra deverá circular entre as cidades de Sapucaia e Três Rios, no Centro Sul Fluminense, Cataguases, Recreio, 5 comunidades de Leopoldina: Vista Alegre (a estação fica em território leopoldinense), Ribeiro Junqueira, Abaíba, São Martinho e Providência, Chiador, Além Paraíba e Volta Grande, em Minas. O trecho tem 187 quilômetros de malha ferroviária explorada pela VLI, que, porém, desde 31 de julho de 2015 está inoperante, com o fim dos carregamentos de bauxita que eram feitos pela concessionária. Estudos preliminares apontam que por viagem serão transportados até 240 passageiros (60 em cada vagão). O preço do passeio, que vai durar cinco horas, inicialmente só nos finais de semana, custará entre R$40,00 e R$50,00 por pessoa.
A volta do cinema pode se tornar realidade em Leopoldina Alguns contatos já foram feitos com autoridades municipais de Leopoldina, por meio do Cineminas - Programa Codemig de Apoio ao Cinema, com o objetivo de implantar uma sala de cinema na cidade. Com o Cineminas, a Codemig atuará como fomentadora da indústria cinematográfica mineira, desenvolvendo políticas, parcerias e ações de incentivo à produção, à exibição e à comercialização de conteúdos. “A Companhia reconhece o potencial econômico, social e cultural do acesso ao cinema para a população de Minas Gerais”, enfatiza a diretora de Fomento à Indústria Criativa da Codemig, Fernanda Medeiros Azevedo Machado. De acordo com ela, a construção de novas salas de cinema nas cidades do interior busca ampliar o acesso da população à cultura, ao mesmo tempo em que gera impactos econômicos e sociais em todo o Estado pela criação de demanda para entidades privadas e públicas de todo setor audiovisual. “Produtores de conteúdo audiovisual, exibidoras, distribuidoras e fornecedores em geral terão oportunidades de investimento em um mercado que está em plena expansão”, assinala.
Os complexos também contarão com espaços de bilheteria e
bomboniere. Cada sala terá capacidade para entre 150 e 200 pessoas - uma sala corresponde a uma tela de exibição com 150 a 200 poltronas. Para a eficaz implantação do programa, estão sendo mapeados os locais mais apropriados para receber as novas salas de cinema, almejando o melhor resultado do projeto e racionalizando a aplicação dos recursos públicos.
O jornal Leopoldinense apurou que um dos imóveis mencionados para o funcionamento de uma sala de cinema em Leopoldina, foi a parte superior do Shopping LAC onde já existe local apropriado para isso, com auditório, palco, banheiros, cujas obras estruturais estão prontas, faltando o acabamento e, claro, o mobiliário.
Com a finalidade de identificar os municípios que devem receber as salas, traçar o perfil do público-alvo e elaborar um plano de viabilidade econômico-financeira que garanta a sustentabilidade da iniciativa, a Codemig realizou processo licitatório para contratação de empresa especializada em inteligência de mercado, capaz de fornecer informações e técnicas para auxiliar no processo.
Vencedora da licitação, a empresa Ernst & Young desenvolveu o estudo mercadológico a partir de cidades pré-selecionadas, com população acima de 28 mil habitantes e não possuem sala de cinema, entre as quais está incluída Leopoldina. Coube à empresa contratada identificar a demanda potencial de espectadores, bem como identificar alternativas de locais para construção ou revitalização dos complexos de exibição.
Câmeras de vigilância e estacionamento rotativo Dois serviços que foram colocados à disposição da população leopoldinense durante alguns anos e que mostraram resultados positivos enquanto funcionaram, dependem do poder público municipal para serem reativados. As câmeras de monitoramento urbano e o estacionamento rotativo, também conhecido como faixa azul, já foram prometidos em algumas ocasiões e ficaram só nas promessas. Um deles, o estacionamento rotativo, pode ser terceirizado para a iniciativa privada e não traz ônus de sua implantação para os cofres públicos. Só depende de regulamentação. As câmeras de vigilância, segundo fonte da Prefeitura, estão estragadas e tem que ser substituídas por equipamento mais moderno. No ano passado a Prefeitura de Muriaé conseguiu o benefício com recursos obtidos no Ministério das Cidades. Que tal tentar?
O infográfico de João Gabriel Baia Meneghite mostra o resultado da enquete: O que Leopoldina já que você gostaria de ter de novo?