20/09/2016 às 09h05min - Atualizada em 20/09/2016 às 09h05min

Você acredita em promessas de políticos?

As promessas para conquistar o voto do eleitor muitas vezes se revelam inviáveis de serem cumpridas, tornando-se então um estelionato eleitoral.

Luiz Otávio Meneghite
Em Leopoldina existem cerca de 300 candidatos aos cargos de vereador, vice-prefeito e prefeito. Para conquistar um mandato político por meio do voto existe uma verdadeira guerra travada pelos candidatos mais espertos com utilização de uma minoria de candidatos ingênuos que entraram na disputa apenas para somar votos para a legenda da coligação.

Existe uma expressão popular que garante que o político faz acordo com Deus e com o Diabo, para se eleger e formar o seu governo. É importante fazer acordos políticos para governar bem, mas, as costuras feitas nos bastidores, em sua maioria, não são tornadas públicas. As que são divulgadas vêm recheadas de promessas, muitas vezes até milagrosas, para conquistar o voto do eleitor que só pelo seu conteúdo, se revelam inviáveis de serem cumpridas, tornando-se então um estelionato eleitoral. Claro que o eleitor também tem culpa, pois, quando a esmola é demais, o santo deveria desconfiar.

É diferente quando o candidato torna público o seu plano de governo e de onde sairão as receitas para executá-lo, o que é seu dever como futuro gestor da coisa pública. Outra coisa é fazer promessas inexeqüíveis, para conquistar o voto do eleitor e depois, ‘tchau e bença’, como se diz no interior. Não deveria ser assim e o candidato eleito deveria cumprir as promessas de campanha, principalmente as que atendam os anseios da população, que deveria dispor de mecanismos para cobrar o cumprimento das promessas feitas pelos candidatos.

O eleitor deve estar atento às promessas feitas principalmente pelos candidatos a vereador, que em grande parte não tem noção das atribuições do cargo que pretende exercer e faz promessas de realizar coisas que são típicas do cargo de prefeito. Então, é de bom grado filtrar os candidatos e diminuir o tamanho da lista dos que têm verdadeiramente condições de se tornarem vereadores, cuja missão é fiscalizar, legislar e reivindicar. Se perceber que um candidato está prometendo terreno na lua, descarte-o e continue a procurar um que esteja consciente do verdadeiro papel que o vereador terá na Câmara Municipal.

Proposta sobre falsas promessas de políticos está na Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados analisa projeto de lei complementar (PLP 118/15)  que impede falsas promessas durante a campanha eleitoral. De acordo com o texto, os candidatos às eleições proporcionais e majoritárias deverão registrar suas propostas, indicando, de forma objetiva, suas metas para o exercício de mandato. No Legislativo, os registros deverão conter os temas que serão defendidos durante a atividade parlamentar Quem não cumprir pelo menos 50% daquilo que foi prometido ficará proibido de se candidatar nas eleições subseqüentes. A inelegibilidade será declarada após decisão da Justiça Eleitoral, respeitados os princípios da ampla defesa e do contraditório. Para o autor do projeto, deputado Índio da Costa, do PSD do Rio de Janeiro, a medida vai evitar que os candidatos prometam o que não podem cumprir, exigindo mais responsabilidade e compromisso com os eleitores. Além disso, poderá resgatar a credibilidade das instituições políticas e de seus representantes. O objetivo é que se tenha um percentual mínimo para que o político, durante o mandato, execute aquilo que ele se comprometeu na campanha eleitoral. Caso ele não consiga, ele fica quatro anos proibido de uma nova candidatura.  Acatando sugestão de alguns leitores que são também eleitores, o Jornal Leopoldinense coloca em votação a seguinte enquete: 


Você acredita em promessas de políticos?

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