27/02/2022 às 17h55min - Atualizada em 27/02/2022 às 17h55min

Carros abandonados em vias públicas são potenciais criadouros do mosquito da Dengue

Uma forma de constatar o aspecto de abandono é o crescimento de mato e sujeira embaixo do veículo impedindo a realização de capina e até mesmo da varrição.

Luiz Otávio Meneghite
Veículo com aspecto de abandonado
Tenho acompanhado em publicações oficiais da Prefeitura de Leopoldina, que os agentes de fiscalização têm agido com relação a terrenos abandonados, estipulando prazos para que os proprietários tomem as providências previstas em Lei para corrigir as infrações cometidas, tais como a limpeza do local, construção de muros e de passeios frontais.
 
Interpreto como corretas as ações e as notificações, pois tais locais tornam-se criadouros de ratos, cobras e, principalmente do mosquito da dengue. Mas, observo que as notificações tornadas públicas são muito poucas em relação ao número real de lotes vagos que infringem a lei, espalhados por todos os bairros de Leopoldina, sem exceção, inclusive no centro.
 
Pneu furado e mato embaixo do carro indicam que ele está ai há muito tempo


Carros com aspecto de abandono em via pública
 
Uma outra ocorrência em Leopoldina é que além dos terrenos vagos infringindo a legislação, se tornou comum a existência de veícu­los com aparência de abandonados pelos seus donos nas ruas da cidade. Uma forma de constatar o aspecto de abandono é o crescimento de mato e sujeira embaixo do veículo impedindo o setor de Serviços Urbanos de realizar a capina e até mesmo a varrição.
 
Por toda a cidade se encon­tram veículos com aparência de abandonados pelos donos. Poucos compensam ser recupera­dos tal é o péssimo estado de conservação. Muitos deles vi­raram sucatas e outros ficam estacionados nas ruas com vi­dros quebrados por onde entra a água de chuva o que os torna criadouros do mosquito Aedes Aegypti, o transmissor da Den­gue. Alguns são utilizados por moradores de ruas e usuários de drogas. Além disso, eles ocupam vagas de carros cujos condutores dão várias voltas em busca de lugar para estacionar em dias úteis, principalmente.
 
O Jornal Leopoldinense deu uma volta rápida em alguns pontos da cidade e, em menos de 5 minutos, registrou alguns flagrantes de carros que aparentemente foram esquecidos pelos donos. O número de veículos nas mes­mas condições é imenso. Apuramos que a responsabilidade é da Prefeitura de Leopoldina e já existe lei que ampara uma intervenção do poder público, com uma ação mais dinâmica para retirar os carros abandonados das ruas.
 
O fato é que, com a estação das chuvas, o risco desses carros se transformarem em criadouros do mosquito da dengue é muito maior. A situação é muito séria e pode se tornar muito grave se a retirada imediata deles das ruas não ocorrer antes que uma epidemia de dengue possa afetar a cidade.
 
Por outro lado, não basta transferir o problema de lugar com a ida deles para um depósito se lá não forem adotadas medidas para evitar que a água continue se acumulando no interior de suas carcaças, assim como já ocorre em alguns conhecidos depósitos de ferro velho. O que fazer numa situação como essa?

Criadouros do mosquito e medidas preventivas

Na zona urbana os principais criadouros são os recipientes artificiais descartados indiscriminadamente a céu aberto pela população e que servem como locais de acúmulo da água da chuva. Desta forma todo e qualquer depósito deve ser protegido a fim de garantir a não atração e proliferação do vetor. Os objetos e/ou materiais inservíveis devem ser eliminados, em primeiro lugar pelos moradores e posteriormente pelos Agentes de Controle de Vetor nas inspeções de rotina. Os criadouros são principalmente os carros abandonados e os depositados nos chamados ferro velhos, pneus, latas, vidros, garrafas, vasos de flores, pratos de vasos, caixas de água, tonéis, latões, cisternas, piscinas, tampinhas de garrafas, bebedouros de animais, entre outros. Muitas vezes, os pneus e os carros em depósitos de ferro velho são responsáveis por infestações à distância. Por esta razão recomenda-se sua guarda em local coberto e protegido da chuva. A redução de recipientes que possam servir como criadouros é ainda o melhor método para se prevenir a disseminação de mosquitos e, conseqüentemente, de doenças transmitidas por eles.

 Algumas das matérias já publicadas pelo jornal Leopoldinense:

2015 - 
Carros abandonados em Leopoldina podem se tornar criadouros do mosquito da Dengue

2015 - Automóveis abandonados serão reciclados em Minas Gerais
 
2016 - Moradora denuncia estacionamento de carros velhos com aspecto de abandonados

2016 -  De 30 veículos abandonados nas vias públicas, 18 já foram retirados pelos donos após notificação


 

 


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