Esta sentença de raízes medievais, em termos de fugacidade, vale para todos. E vale, parcial ou integralmente, para aqueles, muitos, que passam pela vida, apenas passam, sem deixar marcas positivas de sua passagem.
Mas, há os que, passando pela vida, no passo a passo da trajetória, vão deixando marcas positivas, valiosas e úteis para a posteridade. Aqui se avulta a presença significativa, atuante, participativa, produtiva, honrosa e dignificante do nosso estimado e respeitável Dr. Ronald. No aparente antagonismo entre ciência e religião, ele teve sempre uma postura nobre e ponderada. Acreditou no poder da ciência e acreditou no poder da fé e da esperança.
Em palavras e vivência, demonstrou sempre inabalável convicção sobre a credibilidade destes dois campos que ocupam e atormentam a mente humana. Profissional competente e zeloso no campo da ciência e adepto convicto do catolicismo, soube obedecer aos princípios da ciência e respeitar a diversidade das crenças, vendo, em todas, caminhos que levam a Deus. Quem disse isto foi Pasteur: "A pouca ciência afasta de Deus. A muita ciência aproxima de Deus."
O Dr. Ronald foi levado de nosso convívio. Criou-se uma situação incômoda de vazio. Sentimos o desconforto e o desamparo que experimentam os órfãos. Fica, porém, na forma de alívio, a certeza de que, pela preciosidade de seu legado humano, nós o guardaremos, em nossa mente, com muito respeito, apreço e gratidão.
Dr. Ronald e Professor Luiz
