10/02/2024 às 07h43min - Atualizada em 10/02/2024 às 07h43min

A renovação do carnaval leopoldinense com a união de agremiações e formação de novos talentos

Luciano Baía Meneghite
Fotos: Luciano Baía Meneghite
Nesta sexta-feira,09/02 foi realizada no salão social do Clube dos Cutubas uma rápida oficina de formação de novos casais de Mestres-Sala e Porta-Bandeiras. A ação foi uma parceria do Instituto do Samba de Juiz de Fora, Grupo Pérola Negra, Bloco Fajardo & Cia e Sociedade Recreativa Carnavaleca Unidos dos Pirineus.

O evento simples contou com a participação de Alcione Cristina Procópio, Porta Bandeira da Escola de Samba Turunas do Riachuelo e atual presidente do Instituto do Samba, que junto com seu filho João Lucas passaram de forma bem rápida e didática noções básicas da apresentação a dois casais que estão sendo formados, Luan e Bia e João Lucas e Sophia.

A ação foi motivada pelas dificuldades de colocar desfile na rua, tanto da Unidos dos Pirineus, representada por mim, quanto do bloco Fajardo & Cia, por Gabriel Fajardo.  Nos socorremos junto ao Grupo Pérola Negra na busca de casais que levassem os pavilhões das agremiações, como já havíamos mostrado em matéria anterior.

Há de alguns anos que a desorganização e descontinuidade do carnaval em cidades menores como Leopoldina, principalmente das agremiações carnavalescas, somada à outras questões como cobertura equivocada 
do carnaval pela grande mídia de maneira geral, vem afastando as novas gerações dos tradicionais desfiles de escolas de samba e blocos. Uma grande parcela passou a contentar-se em ser plateia de shows. Muitos sem qualquer ligação com o carnaval e de péssimo gosto.  O povo, que deve ser a atração principal da grande festa popular brasileira passou a ficar em segundo plano.

Quando da formação da LIESCOS – Liga das Escolas e Blocos Carnavalescos de Leopoldina em 2015, foi discutida com integrantes do Instituto do Samba em reunião no Sindicato dos Metalúrgicos de Leopoldina sobre a importância de ações para formação de novos carnavalescos. Já não havia renovação de passistas, ritmistas, aderecistas, entre outras importantes figuras do carnaval. O que antes surgia quase que naturalmente, mesmo carecendo de aprimoramento, passou a ser raridade.  

A Liga acabou não indo para frente, mas algumas ideias permaneceram na cabeça de alguns que dela participaram como Amaury da Silva Santos e eu, Luciano.

Como disse Gabriel Fajardo, uma semente foi plantada.

E digo que vem mais coisas por aí.

Agradecemos ao Clube dos Cutubas, pelo espaço cedido, Poliana, Dadá, Gisele e todos que de alguma forma ajudaram no evento.



 
Nota: Pouco antes da publicação desta matéria recebemos a notícia que o Luan foi atropelado na noite desta sexta quando estava de bicicleta e provavelmente não poderá participar do desfile do Pirineus. Torcemos para que fique bem.
 


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