15/06/2015 às 15h26min - Atualizada em 15/06/2015 às 15h26min

Secretaria de Educação aumenta repasse para a alimentação escolar na educação integral

Recursos atingem o dobro do repasse do Governo Federal. Hoje, 1.624 escolas da rede estadual desenvolvem atividades de educação integral

Agência Minas

As escolas estaduais que desenvolvem ações de educação integral passam a receber em 2015 o dobro do recurso repassado pela União. A partir desse ano, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) passa a aplicar o mesmo valor do repasse do Governo Federal para esse fim, que é de R$ 0,60 por aluno. Dessa forma, cada escola recebe R$ 1,20 por estudante inserido nas atividades de educação integral. Antes o Estado repassava R$ 0,40 por aluno.

“Acreditamos que vamos poder ofertar uma alimentação mais saudável, com mais consistência para nossos alunos”, destaca a coordenadora das ações de educação integral da Secretaria, Rogéria Freire. Até agora, foram repassadas para as escolas quatro de dez parcelas, um investimento de R$ R$ 4.545.560,00 do Estado.

A educação integral oferece atividades que vão além dos conteúdos tradicionais, com o objetivo de ampliar tempos, espaços e oportunidades educativas dos estudantes e é uma das prioridades da Secretaria de Estado de Educação.

Há outros avanços na educação integral nas escolas da rede estadual. Agora, as unidades escolares têm também a possibilidade de contratar um Auxiliar de Serviços de Educação Básica (ASB) ao ofertar essa modalidade de ensino e mais um profissional a cada 75 estudantes que participam na iniciativa. Esses servidores serão responsáveis pela preparação da alimentação dos estudantes, que fazem duas refeições na escola além da alimentação no horário da aula regular (merenda).

Outro profissional que pode ser contratado pelas escolas é o professor coordenador. “Ele será o responsável pelo diálogo com o ensino regular, com toda a comunidade educativa e também com a comunidade do entorno. Ofertando quatro turmas no mínimo, a escola vai ter essa pessoa com o olhar voltado para essas ações. Assim, a educação integral vai ter mais qualidade, em um padrão mais adequado”, afirma a coordenadora.

Nas escolas urbanas, cada turma tem 25 estudantes. Já nas escolas do campo, indígenas ou quilombolas a enturmação pode ser diferente, já que estas são escolas com menos estudantes matriculados.

As aulas também poderão ficar mais ricas, com um leque maior de atividades, a partir da ampliação do quantitativo de professores que atuam na educação integral. Com a contratação de profissionais com focos em áreas do conhecimento diferentes, os estudantes poderão participar de atividades diferentes. Ou seja, no lugar de ter aulas de judô de segunda a sexta-feira, eles podem revezar essa atividade com aulas de música.

Atividades diferentes podem tornar a escola mais atrativa para os estudantes. Rogéria Freire enfatiza a importância disso, principalmente para os jovens. “Para trabalhar hoje com a juventude você precisa ofertar algo e trabalhar com eles na perspectiva do que eles desejam. Uma capoeira, por exemplo, muitas vezes é mais atrativa do que uma atividade que trabalha só o foco da educação física. Por isso mesmo trabalhamos nessa perspectiva de uma atividade diversificada”.

Cenário atual

Hoje, 1.624 escolas da rede estadual desenvolvem atividades de educação integral. São unidades escolares que já haviam aderido, no ano passado, ao Programa Mais Educação, uma ação do Governo Federal que procura efetivar a educação integral enquanto política pública e, para isso, repassa verba para escolas de educação básica desenvolverem atividades fora do turno regular. Essas escolas têm 3.349 turmas e atendem a um total de 86.387 alunos. A meta do Estado é, até 2018, atender ao estabelecido no Plano Nacional de Educação, que pretende ter 25% dos estudantes atendidos pela educação integral.

 


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