28/11/2016 às 07h29min - Atualizada em 28/11/2016 às 07h29min

Leopoldina entra em alerta de risco para dengue, zika e chikungunya

Cidades vizinhas como Além Paraíba, Cataguases, Muriaé, Ubá e Visconde do Rio Branco, além de Juiz de Fora, também estão relacionadas.

O Ministério da Saúde emitiu no dia 25 de novembro, alerta para o sinal vermelho contra o Aedes aegypti em 80 cidades de Minas Gerais, entre as quais está Leopoldina e as vizinhas de Além Paraíba, Cataguases, Muriaé, Ubá e Visconde do Rio Branco, além de Juiz de Fora, cidade que mantêm grande intercâmbio com Leopoldina.  De acordo com o alerta divulgado o  estado tem 80 municípios em situação de alerta ou de risco de surto de dengue, chikungunya e zika, maior número da Região Sudeste, perdendo apenas para cidades do Nordeste e Norte do país. Em todo o Brasil, são 855 municípios nessa situação – 37,4% do total de pesquisados. Os dados fazem parte do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa) de 2016, divulgados pelo Ministério da Saúde, que mostram ainda o avanço da febre chikungunya em todo o país.
 
No país, foram registrados 251.051 casos suspeitos de febre chikungunya, sendo 134.910 confirmados. Houve uma explosão de 850% de aumento em relação ao ano passado – 26.763 casos suspeitos e 8.528 confirmados. Ao todo, são 138 óbitos registrados pela doença nos estados de Pernambuco (54), Paraíba (31), Rio Grande do Norte (19), Ceará (14), Bahia (5), Rio de Janeiro (5), Maranhão (5), Alagoas (2), Piauí (1), Amapá (1) e Distrito Federal (1).
 
O ministério explica que, do ponto de vista epidemiológico, o aumento de casos era previsto, uma vez que a chikungunya é uma doença recente (identificada pela primeira vez no Brasil em 2014) e, por isso, a população está mais suscetível. O Ministério da Saúde trabalha com a possibilidade de que ocorra um aumento no número de casos nos próximos meses em alguns estados não afetados pela doença, devido à suscetibilidade da população ainda não exposta ao vírus e às condições climáticas favoráveis, como o calor e as chuvas, condições ideais para a proliferação do Aedes aegypti.
 
Em Minas Gerais, o último balanço da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostra que foram registrados este ano 476 casos prováveis da doença (confirmados mais suspeitos). Em 2015, foram 401. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que não há um fator que explique o motivo pelo qual a febre chikungunya afetou menos pessoas em Minas, uma vez que a campanha de combate é feita contra o Aedes, logo, incidindo também sobre dengue e zika.

Dor nas articulações é principal sintoma
 
Causada pelo vírus CHIKV, a febre chikungunya se parece com a dengue. Na fase aguda, o principal sintoma é febre alta, que aparece de repente e vem acompanhada de dor de cabeça, mialgia (dor muscular), exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). Esse é o sintoma mais característico da enfermidade: dor forte nas articulações, tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.

Bota-fora na região da UNIPAC vira criadouro do Aedes Aegypti

A leitora M.D.C.S. chama a atenção para um mau hábito que vem aumentando na região da Universidade Presidente Antonio Carlos – UNIPAC. Trata-se do descarte de lixo e entulho em diversos pontos. Alguns veículos já foram vistos transportando lixo eletrônico e despejando nas redondezas. O local tem uma das mais bonitas vistas de Leopoldina e em outra matéria até já sugerimos a construção de um mirante, criando um ponto turístico. Hoje, além do lixo, entulho e mato alto, a fina camada de asfalto da rua Carmita Monteiro, principal via de acesso à Universidade, não suporta o trânsito de veículos pesados, provocando abertura de diversos buracos e ondulações. As dezenas de estudantes de outras cidades, ironicamente, alguns do curso de engenharia ambiental, levam uma péssima imagem de Leopoldina.

Na zona urbana os principais criadouros do mosquito Aedes Aegypti são os recipientes artificiais descartados indiscriminadamente a céu aberto pela população e que servem como locais de acúmulo da água da chuva. Desta forma todo e qualquer depósito deve ser protegido a fim de garantir a não atração e proliferação do vetor. Os objetos e/ou materiais inservíveis devem ser eliminados, em primeiro lugar pelos moradores e posteriormente pelos Agentes de Controle de Vetor que vem se desdobrando em ações inspeções de rotina nesses locais. Os criadouros são principalmente os carros abandonados e os depositados nos chamados ferro velhos, pneus, latas, vidros, garrafas, vasos de flores, pratos de vasos, caixas de água, tonéis, latões, cisternas, piscinas, tampinhas de garrafas, bebedouros de animais, entre outros. A redução de recipientes que possam servir como criadouros é ainda o melhor método para se prevenir a disseminação de mosquitos e, conseqüentemente, de doenças transmitidas por eles.



Lá de cima tem-se uma bela vista da cidade

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