25/05/2022 às 11h57min - Atualizada em 25/05/2022 às 11h57min

A Saga do Esporte

Bernardo Guedes
Começar um projeto envolvem prazos a serem executados. Exige planejamento e ciência de que no percurso surgirão obstáculos. Ao decidir promover o processo seletivo em parceria com o América-MG já estava com mais casca. Apesar de jovem minha vivência me ensinou no que acreditar.

O primeiro passo foi encontrar pessoas comprometidas com a causa. Já tinha esses dois que eram os professores Marcelo e Enrico do Centro de Treinamento La Masia. Quem mexe com futebol, assim como na política, não tem essa de horário de expediente e final de semana. É preciso ter vocação e eles tinham.

Estabelecemos um calendário com treinos, pré-jogo e pré-seleção. Nesse lapso ainda havia meu casamento. Uma loucura de informações que conseguimos conciliar, inclusive contando com a compreensão da noiva, hoje minha esposa Rúbia.

O resultado foi o melhor possível. 14 atletas pré-selecionados. No início pensei até que pudesse ter havido um pouco de generosidade do observador, mas depois fui verificar que realmente se havia selecionado porque enxergou talento.

De início o período de testes em Belo Horizonte seria em março. Devido às fortes chuvas o campo alagado ficou inviabilizado e precisamos adiar a viagem. Como não se bastasse o boicote proporcionado por quem invejou o projeto, tivemos naquele momento de lidar com a desconfiança. Teve gente que achou ser furada, inclusive levantando mentiras nas minhas redes sociais. O lado bom foi que os que viajaram depois puderam constatar que num simples dia chuvoso o campo alagou.

Veio a definição das novas datas, mês de maio. O desafio agora era montar a logística. Conseguimos que o Ribeiro arcasse com a hospedagem, os pais dos atletas numa ação entre amigos ajudaram na alimentação e a Prefeitura forneceu o transporte.

Quase 1 ano depois de começar esse processo tivemos 3 jogadores selecionados num plantel de mais de 100 atletas. Isso é enorme. É o nome de Leopoldina novamente brilhando no cenário esportivo. Foi possibilitá-los a ter esperança, à acreditar. Incrível que mesmo os que não passaram vibraram pela vitória de seus companheiros.

Vou lembrar de cada momento vivido. Das resenhas na pousada, dos açaís que gostam de comer, dos tik toks que gostam de assistir e da fé estampada no rosto.

Somei nesse período mais uma viagem à Governador Valadares para o casamento de um grande amigo, e, uma viagem para São José dos Campos buscando um empreendimento para nossa cidade. Meu corpo foi a exaustão junto da minha mente com a quantidade de informações absorvidas.

O que fica disso tudo é que não tenho arrependimento nenhum. Valeu a pena demais. Hoje os que não acreditavam passaram a acreditar. Recebo inúmeras mensagens pedindo para dar um jeitinho de atletas serem escolhidos. A minha resposta é de que simplesmente me coloquei como instrumento para que cada um tenha uma oportunidade, o que é minha missão na política. Coloquei meu nome, minha credibilidade, assumi riscos em nome de servir e deu certo. Como diria o Luva de Pedreiro: “Obrigado meu Deus”.
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