11/09/2014 às 10h00min - Atualizada em 11/09/2014 às 10h00min

Licitação do aeroporto de Goianá, na Zona da Mata, tem edital

Com objetivo de transformar terminal em hub logístico, parceiro privado terá que aportar cerca de R$ 147 milhões

Tatiana Lagôa
Diário do Comércio
O parceiro privado terá que aportar cerca de R$ 147 milhões, conforme estimado em edital.

Com um ano de atraso, o edital de concorrência para a exploração dos serviços aeroportuários e melhorias de modernização no Aeroporto Presidente Itamar Franco, em Goianá, Zona da Mata, foi lançado. Um dos objetivos é transformar o terminal em importante hub logístico do pré-sal, com recebimento de equipamentos importados pela cadeia produtiva. Além disso, há chances de ser implantado um aeroporto-indústria na área.

O parceiro privado terá que aportar cerca de R$ 147 milhões, conforme estimado em edital. O contrato terá duração de 30 anos e será iniciado em 2015, quando chegarão ao fim os trabalhos da Multiterminais, atual administradora do terminal. O contrato da empresa foi iniciado em 2010. Em decorrência do curto prazo de operação, não foram realizados alguns investimentos necessários no terminal.

Segundo o subsecretário de Regulação de Transportes da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), Diego Vettori, a expectativa é que o novo contrato seja assinado até outubro deste ano. "Acreditamos que a parceria público-privada (PPP) trará maiores condições de atrair mais cargas do que tem conseguido. Buscamos parceiro privado que atua no setor logístico porque ele terá melhores condições de explorar o potencial do aeroporto. Além disso, podemos reduzir os custos do Estado com a administração compartilhada", afirma.

O aeroporto possui a segunda maior pista para pouso de Minas Gerais (2.530 metros), perdendo apenas para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins (RMBH). Além disso, é alfandegado, podendo executar todo o desembaraço de mercadorias que chegam do exterior, o que é um ponto forte do terminal na visão de Vettori.


Azul - Atualmente, apenas a Azul Linhas Aéreas atua no aeroporto, com voos para Belo Horizonte e Campinas. Após o início das operações do novo parceiro privado, a quantidade de companhias com atuação no terminal deverá elevar. Além disso, espera-se que nos próximos 30 anos o número de passageiros ao ano chegue aos 200 mil. E em cargas, o volume anual que deverá passar pela estrutura deverá ser próxima de mil toneladas.

O terminal poderá se tornar um aeroporto-indústria, aos moldes do planejado para Confins. "Esses números dependem muito da situação econômica do período. Mas as condições do aeroporto serão mais propícias para atrair investimentos para a região", afirma.

A licitação para criação de PPP é uma promessa antiga do governo do Estado. Inicialmente, o edital deveria ter sido lançado no ano passado. Em decorrência da demora para a procura do parceiro privado, o empresariado e o poder público local pressionaram o governo, tendo como mote a importância estratégica do terminal para o desenvolvimento da regional.

Segundo Vettori, a demora é justificada pela necessidade de definição de algumas cláusulas do contrato. Algumas licitações federais foram acompanhadas para definição do modelo a ser adotado no Estado. " a primeira licitação desse perfil que estamos fazendo regionalmente. Foi um trâmite normal e a demora nem foi tão grande se levarmos em conta a complexidade do processo", ressalta.

 


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