05/03/2023 às 15h31min - Atualizada em 05/03/2023 às 15h31min

Alguns moradores de rua utilizam cachaça e crack e ficam agressivos

A maioria é do sexo masculino mas começam a surgir mais mulheres entre eles.

Luiz Otávio Meneghite
Praça João XXIII (Foto: Marcos Vinícius Pereira Costa)
Há poucos dias assisti a uma cena na Praça João XXIII, no centro de Leopoldina, onde dois homens agrediram uma mulher com socos, tapas e chutes com tanta violência, que ela atravessou a rua e caiu desmaiada nos fundos de um dos três quiosques de lanche ali instalados. Todos estavam visivelmente embriagados ou drogados.

Duas mulheres e um homem que também assistiam à cena, tentaram intervir zangando com os dois agressores e a reação foi inesperada. Partiram em direção a eles com ameaças de agressão também. Confesso que tive medo.

Ninguém, em sã consciência, pode negar o aumento considerável da população em situação de rua na cidade. São homens e mulheres que batem à nossa porta diariamente pedindo de tudo um pouco. Uns pedem comida, outros pedem mantimentos, alguns pedem dinheiro e também roupas.

Escrevo baseado não em estatísticas oficiais, mas no que os meus olhos veem diariamente nas ruas e praças de Leopoldina, embora saiba que o fenômeno não é local e sim mundial.

Percebo o aumento do número de catadores de recicláveis de forma seletiva. Também existem aqueles que vandalizam as lixeiras revirando-as e espalhando o conteúdo pelas ruas.

Não importa o nome que queiram dar a essas pessoas vulneráveis. A lista de sinônimos é imensa: mendigo, pedinte, indigente, morador de rua e muitos mais. Todos são indivíduos que vivem em extrema carência material, não conseguindo obter as condições mínimas de salubridade e conforto com seus próprios meios. A maioria é do sexo masculino mas começam a surgir mais mulheres entre eles.

Infelizmente, alguns misturados a eles têm família e saem cedo de casa para formar pequenos grupos que se reúnem em pontos estratégicos onde o movimento de pessoas é grande e são por eles abordados com argumentos variados para obterem ajuda e comprar cachaça ou crack.

A abordagem está se tornando muito comum nos estacionamentos de supermercados onde alguns conseguem gêneros que são trocados por drogas. Sabe-se que o Município tem um setor de assistência social atuante, mas cenas como a que narrei no início vem se repetindo diariamente e talvez fosse necessário o auxílio da segurança pública para amenizar o problema que é de responsabilidade de todos nós.

Clique e relembre:


07/08/2015 - Cresce o número de moradores de rua em Leopoldina

15/08/2015  - Sociedade se mobiliza para discutir sobre ‘Moradores de Rua’ em Leopoldina

04/12/2015  - O cidadão em situação de rua é sujeito de direitos e deveres, assim como qualquer outro brasileiro.

19/03/2016  - CREAS de Leopoldina desenvolve abordagem social aos cidadãos em Situação de Rua

19/06/2017  - Cracolândia 

24/04/2022  -  Aumenta o número de moradores de rua em Leopoldina com idade cada vez menor

31/05/2022  -  APARTHEID SOCIAL

10/06/2022  -  Matéria sobre aumento do número de moradores de rua tem grande repercussão e pouca ação

02/02/2023  - Prefeitura de Leopoldina leva cuidados de saúde à população em situação de rua
 
 


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