11/06/2023 às 09h02min - Atualizada em 11/06/2023 às 09h02min

Leopoldina se despede de Dário Sapateiro às vésperas dos 91 anos

Luciano Baía Meneghite
Dário com a esposa Maria Amélia "Mariinha" no lançamento do documentário sobre a Leopoldina Orquestra em 2021 (Foto: João Gabriel Baía Meneghite - jornal Leopoldinense)
Rubens Dário Lemos, o “Dário Sapateiro” um dos últimos profissionais do ramo na cidade faleceu neste sábado 10 de junho. Nos últimos meses, por problemas de saúde foi obrigado a deixar seu oficio.

Dário nasceu em Leopoldina em 03 de julho de 1932. Aos sete anos foi trabalhar em uma lenharia no Rosário para ajudar à família. Um pouco maior aprendeu a profissão com o sapateiro José Costa. Aos 16 anos foi para o Rio de Janeiro, onde se aperfeiçoou. Anos depois retornou à sua terra natal que segundo ele, nunca esqueceu. Casado com Maria Amélia, com ela teve os filhos José Maria, Mara e Célia – e cinco netos.  Manteve por muitos anos sua sapataria na rua Cotegipe e há algum tempo mudou-a para a rua Tiradentes.

Apesar da idade, sempre se mostrava bem-disposto e recebendo com simpatia muitos fregueses e amigos.

Leitor assíduo do jornal Leopoldinense, Dário foi focalizado algumas vezes por nós, seja em matérias, crônicas e notas sociais. Em 2018 na matéria “Leopoldina ainda existe” em que mostramos personagens antigos ainda ativos ele manifestou sobre a cidade: “Sinto muita saudade das antigas festas de 13 de Maio no Alto do Cemitério com o chefe de batuque José Amaro. Tenho saudade das bandas tocando no antigo coreto do jardim, os maestros Argemiro Bitencourt, Manoel Reco-Reco... O futebol no Ribeiro Junqueira...” “Hoje ainda gosto de conversar com os amigos e de ver a cidade crescendo, ” afirmou.

Dário chegou a ser homenageado pela Câmara Municipal com a Medalha do Mérito Leopoldinense, por indicação do vereador Jaques Vilella.


Carnavalesco, participou por décadas do Bloco dos Descamisados, fundado em 1965 na Barbearia do Fizinho. Entusiasta das coisas boas de Leopoldina, participou em 2021 do documentário “Leopoldina Orquestra- Patrimônio Sonoro da Cidade” dirigido por Filó Toledo.


Dário em batucada do Bloco dos Descamisados em frente a barbearia do Fizinho na Cotegipe em 1987.

(Fotografia gentilmente cedida por Lucília Paixão)

 
O velório ocorre na manhã deste domingo na Capela Mortuária Lions Clube e o sepultamento no Cemitério Municipal Nossa Senhora do Carmo.

Clique e relembre crônicas de Edson Gomes Santos sobre Dário Sapateiro

RUBENS DÁRIO LEMOS, aliás, DÁRIO SAPATEIRO – 03/06/ 1932... 2022 – 90 anos!!!


RUBENS DÁRIO LEMOS – O dedo mindinho do Geraldão - Continuação –

LEOPOLDINA – Revendo velhos amigos e amigas


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