04/10/2023 às 08h03min - Atualizada em 04/10/2023 às 08h03min

189 - A HISTÓRIA do TREM DE HISTÓRIA

Luja Machado e Nilza Cantoni
Tudo começou por volta de 1998, quando os autores publicaram os primeiros textos sobre os descendentes de imigrantes italianos que habitaram a Colônia Agrícola da Constança. Possivelmente quando contaram um pouco da história da meninada da Boa Sorte, o que despertou a curiosidade de alguns leitores do jornal por “mexer” em assunto totalmente esquecido pelos que anteriormente escreveram sobre a história da cidade.

  Surgiram, assim, os primeiros textos sobre famílias italianas e uma série de artigos sobre os 90 anos da Colônia, publicada no Jornal Leopoldinense, esse parceiro gigante que completou duas décadas funcionando, também, como um defensor e guardião eficiente da preservação da história da cidade.

            E a viagem seguiu pelo livro “Nossas Ruas, Nossa Gente”, lançado em 2004 e pela série de mais de oitenta artigos que antecederam as comemorações do Centenário da Colônia e os 130 Anos da Imigração Italiana em Leopoldina. Série que culminou com um encarte especial do Jornal Leopoldinense, por ocasião da festa do Centenário da Colônia, em abril de 2010.

No início de 2014 surgiu, então, a ideia de voltar ao compromisso de se fazer presente em todas as edições do Jornal com assuntos mais variados, sempre voltados ao resgate da história da cidade.

            Para encimar a coluna prevaleceu a ideia do TREM DE HISTÓRIA, que traz à lembrança uma das maiores e mais importantes ferrovias brasileiras, a Companhia Estrada de Ferro Leopoldina, que tomou por empréstimo o nome da Cidade. Ferrovia que o descaso tanto fez que conseguiu arrancar da cidade os trilhos, a estação e todos os demais vestígios dessa grandiosa empreitada iniciada por leopoldinenses.

            Vale registrar que o TREM, ícone que se entende pertinente e oportuno, também se presta para projetar a ideia de torná-lo símbolo da cidade, à moda do que faz Santos Dumont (MG) com o seu 14 Bis, Volta Redonda (RJ) com o aço da CSN e tantas outras.

Ajustadas as ideias e traçados os caminhos a seguir, em 16 de junho do mesmo ano surge sobre imaginários trilhos o primeiro Trem de História. Era a Maria Fumaça que iniciava viagem prometendo trazer para o público da gare uma série de artigos sobre a história da Imprensa em Leopoldina-MG no período de 1879 a 1899. Depois, Augusto dos Anjos, os Expedicionários Leopoldinenses e muito mais. E a partir daí, em seguidas viagens que ocorreram por quase uma década, o Trem de História trouxe para o presente outras partes do passado da cidade que permaneciam nas gavetas do esquecimento.

E seguiu como o trem da música Encontros e Despedidas, cujos versos de Fernando Brant e Milton Nascimento, nos relembram que lá como cá, “O trem que chega / é o mesmo trem da partida / a hora do encontro / é também, da despedida”.

Despedida que se faz agora, também como no cantar de Milton Nascimento, para esquecer a emoção de constatar que “A plataforma dessa estação... é a vida desse meu lugar... é a vida...”

É a vida desta nossa Leopoldina, cuja história o Jornal Leopoldinense abraçou durante os seus 20 anos de existência.

Obrigado, Luiz Otávio e toda a família Meneghite.
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