Lendo o texto do José do Carmo Rodrigues, no jornal Leopoldinense de agosto/16 sobre a Casa Timbiras, lembranças familiares afloraram-se-me à mente ante a importância que a Casa Timbiras representou e representa para minha família.
No dia 25.03.1936 meu pai, Eduardo Santos, chegou à Vargem Linda para trabalhar na Casa Timbiras, que então, presumo, pertencia aos Srs. Augusto Timbira e Elias Veiga.
Anteriormente meu pai trabalhara na “Venda da Ponte”, que era estabelecida às margens da Rio-Bahia, entre Marinópolis e Além Paraíba, próxima à fazenda da família Vilela. Ante o relato do José do Carmo de que irmão do Augusto Timbira era comerciante em Além Paraíba, teria sido ele o dono da “Venda da Ponte”, e, “padrinho” do meu pai, indicando-o ao irmão, Augusto, para gerir a Timbiras da Vargem Linda? ...É possível.
Lembro-me perfeitamente de, quando criança, ter sido levado a passeio até a Venda da Ponte por meu pai. Recordo-me das afetuosas saudações entre o visitante e os visitados, como se fossem membros da mesma família. Teria sido ele considerado como membro da “família Timbiras”? ...Talvez.
Com o relato do José do Carmo, passei a entender a amizade que ligava o Sr. Elias Veiga e esposa, aos meus pais. Quantas vezes fui até a “venda” do sr. Elias e, tanto ele quanto sua esposa, Dª Helena, tratavam-me como se fora um dos seus netos. ...Era ótimo!
No dia 31.07.1939, meus pais, Eduardo Santos e Jacyra Gomes Santos casaram-se em Leopoldina, iniciando a formação do nosso núcleo familiar de cinco irmãos: Reynaldo, Antonio, Eduardo, Edson e Carmen. ...A eles, irmãos, familiares e descendentes, meu fraternal amor!
...E tudo isso começou com a Casa Timbiras da Vargem Linda, responsável DIRETA por termos sido – meus irmãos e eu – contemplados com tão solidários, carinhosos e amorosos pais, ao trazer Eduardo para lá trabalhar. Jacyra e Eduardo, ...Saudades!
Hoje, 80 anos depois de meu pai haver chegado a Leopoldina para trabalhar na Casa Timbiras da Vargem Linda e ler o belo e histórico texto elaborado pelo José do Carmo, sinto-me feliz em poder “costurar” mais um pedaço familiar na história da minha vida. ... Ótimo!
Assim, postumamente e de coração, sinceros agradecimentos à Casa Timbiras, por ter sido a “responsável indireta” pela existência dos meus irmãos, de mim e de nossos descendentes.
Aos Srs. ELIAS VEIGA e AUGUSTO TIMBIRA, por nos terem legado GRANDES PAI e MÃE, eternamente,
OBRIGADO!!!
Edson Gomes Santos – Divinópolis-MG - 2016