09/08/2021 às 21h53min - Atualizada em 09/08/2021 às 21h53min

VOTO IMPRESSO – III – Brasil – 05/08/2021 –

Edson Gomes Santos
Hoje, sob votação e o resultado de 23 votos contra e 11 votos a favor, a Comissão Especial do Voto Impresso da Câmara dos Deputados REJEITOU a proposta do retorno do Voto Impresso.

Bolsonaro vem há algum tempo pregando e defendendo o retorno do voto impresso, alegando a possibilidade de fraudes com o uso das urnas eletrônicas, porém, caso ele tivesse boa memória ou boa assessoria, essa o teria alertado para o fato de que ele mesmo, Bolsonaro, no ano de 1993, exigia que as eleições fossem realizadas através de urnas eletrônicas, pois, com os votos via cédulas [impressas], as fraudes “correriam soltas”.

Quando lemos textos históricos sobre as eleições brasileiras, percebemos que o sistema vem sendo aperfeiçoado a partir da implantação do sistema de governo republicano, fato que “desaguou” nas urnas eletrônicas, em uso desde 1996 e, até hoje, sem comprovações de ocorrências de fraudes decorrentes das suas utilizações.

A mais recente “denúncia” de fraude nas eleições partiu do derrotado candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, quando, perdendo em favor de Dilma Roussef no ano de 2014, “declarou” haver fraude naquela eleição e, passo seguinte, em “rede nacional”, exigiu perícias dos resultados.  Nada comprovado!  Silêncio do derrotado! Ele, Aécio, sem dúvidas deflagrou o início do “pandêmico” caos político-administrativo-eleitoral-social-financeiro-trabalhista que o Brasil “carrega e vive” desde o ano de 2014.

Divulgação no site Metrópoles informa que o ministro do STF, Luiz Fux, no ano de 1994 – ainda voto impresso - era juiz eleitoral no Rio de Janeiro; supervisionava a 25ª ZE na Zona Oeste do Rio de Janeiro com aproximadamente 380 mil eleitores; nas apurações foram constatadas FRAUDES em 90% das urnas; o juiz eleitoral adotou medidas drásticas para “corrigir” os rumos, desaguando em prisões de criminosos e infratores, além de substituir TODOS os membros das Juntas Apuradoras por juízes de direito, universitários, funcionários públicos, professores, etc., e todos eles protegidos por tropas do Exército.

Claro e óbvio que os apuradores-fraudadores faziam “seus trabalhos” por determinação e sob pressão/vigilância “superior” do crime organizado, quer sejam as milícias, quer seja o Comando Vermelho ou outra facção, visando obter o poder político através do VOTO IMPRESSO, resultando no fato de o então juiz eleitoral receber ameaças de morte pelo Comando Vermelho e outras facções, passando ele a andar armado e sob escolta da PF.

Por sua vivência o ministro Fux tem plena e total consciência de que VOTO IMPRESSO interessa, sim, àqueles que de forma criminosa e ilícita – FRAUDADORES – buscam eleger a si ou a outrem sem dispor do cacife/carisma político-eleitoral para obterem o poder político via meios lícitos, daí, infiro que cada cidadão brasileiro consciente da importância da lisura processual das eleições deve se QUESTIONAR:

- Por que Bolsonaro defende com unhas, dentes e palavras o retorno do – anacrônico e fraudável – VOTO IMPRESSO?

- Será que as URNAS ELETRÔNICAS – eleições 2018 – foram fraudadas e “elegeram” Bolsonaro? 
                                                                              
                                                                                   
 
   
 
 
 
    
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