O ano enfim começou, afinal, no Brasil o ano só começa mesmo depois do carnaval. Um ano muito agitado, tendo em vista ser ano eleitoral e à partir de agora a coisa começa a funcionar.
Os partidos já começam a voltar existir, afinal, eles, infelizmente, só existem durante o período eleitoral. Passada a eleição os partidos acabam novamente, um ou outro partido consegue ficar ativo, com diretório formado.
Muitos partidos já estão com comissão provisória funcionando. Para esse ano, 12 partidos/federação estão habilitados para disputar, 6 a menos que na eleição passada que teve 18 partidos.
A diminuição de partidos fará com que a quantidade de candidatos a vereador diminua muito. Caso os 12 partidos habilitados participem da eleição e lancem os 16 candidatos, número limite para cada partido/federação, teremos então 192 candidatos a vereador. Vale lembrar que na última eleição foram 320 candidatos.
Eu acho difícil os 12 partidos participarem. Cálculo que nessa eleição terá de 8 a 10 partidos apenas, considerando 10 partidos teremos no máximo 160 candidatos a vereador, metade da última eleição.
Quanto menos candidatos, maior será a votação dos eleitos, o que tornará a eleição muito mais difícil. Acredito que os candidatos mais votados vão superar a casa dos mil votos e os que forem eleitos com menos votos terão que ter mais de 500 votos. Acho difícil acontecer o que aconteceu na eleição passada, candidato sendo eleito com 200 a 300 votos. Essa eleição será de 500 para cima.
O aumento da votação será bom, afinal, além de dar mais representatividade aos eleitos, afastará aqueles candidatos com 1, 10 , 30.. votos. Duvido muito hoje algum partido filiar pessoas com baixa votação. Talvez alguma mulher, infelizmente, afinal, cada partido terá que ter no mínimo 30% de cota do gênero e nem sempre acham mulheres que queiram participar e acabam colocando alguma só cumprir a cota sem se importar com a quantidade de votos que ela terá.
Falando agora da disputa do executivo, voltaremos ao normal, poucos candidatos, no máximo 3. A última foi uma exceção, foram 6. Duas pré-candidaturas já foram anunciadas, que é do atual prefeito, Pedro Augusto, e da Cláudia Conte, do PT. Outras ainda tramitam nos bastidores, como a do Ricardo da Paf Pax, que trocou o PSB pelo PSDB, partido que é muito ligado ao grupo do Zé Roberto.
Falando em Zé Roberto, cada dia que passa fico mais convencido que ele não virá candidato. Nem ele, nem o filho. A quem diga que o Robertinho seguirá na tentativa de ser deputado e já começa vincular nos bastidores um possível retorno do outro filho do Zé Roberto, Pedro Paulo (acho que o nome é esse mesmo), que atualmente mora no RJ, e poderá disputar a eleição de 2028.
Nessa eleição parece que Zé Roberto ficará de fora, até porque ele sabe que será difícil ganhar do Pedro, que tem grande aceitação. Zé não correrá o risco de perder uma eleição e encerrar sua carreira como um derrotado. Assim como também não vai querer que seu filho Robertinho passe por isso. Vai preservar a família e focará nas eleições de 2026 para deputado e 2028 sem a presença do Pedro.
Caso Zé Roberto de fato não venha, confirmando a candidatura da Cláudia Conte, ela tende a aumentar muito sua votação, ainda mais caso polarize ela e o Pedro. Esse cenário é o que o PT espera. Caso venham outros candidatos, como Ricardo, aí complica a candidatura do PT, na verdade, dos dois, afinal, dividirá a oposição e isso fará com que Pedro ganhe com facilidade.
Pode ser que até se unam Cláudia e Ricardo, resta saber quem irá abrir mão. Ambos os candidatos, apesar de quererem ganhar do Pedro nessa eleição, o que é óbvio, já avaliam que a derrota não é tão ruim, já que acreditam que sairão fortalecidos para 2028. Isso nem sempre acontece, afinal, cada eleição é uma outra eleição. Brenio foi bem em 2016, perdendo por apenas 200 votos e perdeu novamente em 2020. Como também já aconteceu com Zé Newton e Iolanda. Cito também Ciro, chegou a ter 12% dos votos em 2018 e na última apenas 3% .
Por enquanto o cenário é esse. Vamos aguardar novas movimentações.