18/02/2018 às 23h08min - Atualizada em 18/02/2018 às 23h08min

“Deixa o homem trabalhar. Não quero ver ninguém atrapalhar”

O slogan de campanha do prefeito foi: “Deixa o homem trabalhar. Não quero ver, ninguém atrapalhar”.
 
Mas ao não realizar o carnaval, o setor público acabou atrapalhando muita gente: hotéis, taxi, mototaxi, postos de gasolina, mercados, bares, açougues, soverterias, lanchonetes, ambulantes, lojas de roupas, feira de artesanato, costureiras, estamparias, bordadeiras, marceneiros, serralheiros, mecânicos, equipe de sonorização, seguranças, músicos, locutores, garçons, cozinheiras, entregadores, catadores de recicláveis...
 
Como podem ver, o carnaval movimento o comércio. Gera emprego e renda. Atrai turistas e mantêm os leopoldinenses na cidade. Com a cidade cheia, o dinheiro circula.  O que é bom até para o setor público.
 
Vale destacar que nossa economia gira em cima do consumo. Para que o setor público arrecade, é preciso que alguém consuma algo. Onde todo produto consumido tem imposto. Imposto esse que vai para os cofres públicos. Quanto maior o consumo maior a arrecadação. Matemática simples.
 
Se não tiver consumo a economia entra em crise. O dinheiro deixa de circular e se concentra nas mãos de poucos. O setor público arrecada menos. Com isso, terá menos dinheiro para investir na educação, saúde, segurança, cultura...
 
Além de arrecadar menos, quando não se gera emprego e renda, faz com que a população dependa mais do setor público. Uma pessoa empregada ou com renda, mesmo que temporária, dificilmente precisará de remédio da prefeitura por exemplo. Ela compra direto na farmácia. Já uma pessoa desempregada e sem renda vai depender da prefeitura. Logo, o discurso de que não vou fazer carnaval, pois vou investir na saúde é uma falácia. Acaba o setor público gastando mais.
 
Entendo a justificativa do setor público de não fazer o carnaval devido à crise econômica. Agora, temos que procurar alternativas para sair dessa crise e não aprofundá-la. A solução é gerando emprego e renda. Fazer o dinheiro circular.
 
O carnaval é uma boa alternativa para minimizar a crise. Pois como disse anteriormente, gera emprego e renda. Faz o dinheiro circular. O setor público realizando o carnaval está investindo na cidade.  
 
E para fazer o carnaval não é preciso gastar muito. Como mostraram os blocos: O Equipe Folia, Cooper Beer, Descamisados, Bom Igual Bosta, Bloco da Baiana, Corujão da Madrugada, Bloco do Sai, Bloco da Privada, Bar do Batata, Bloco das Piranha (Cohab Nova)... Além de outras atrações em diversos bairros.
 
Esses blocos levaram várias pessoas às ruas.  Contribuindo para a economia da cidade. Cabe ao setor público reconhecer a importância desses blocos. Identificar suas lideranças e dialogar com elas. Planejando o carnaval de 2019. Ajudando no que for possível.
 
Uma das formas é isentando os blocos das taxas. Falo isso, pois fiquei indignado em ter que pagar R$ 37.60 de alvará para fechar uma rua. É justo cobrar alvará de um bloco caricato, sem fins lucrativos, que tá ajudando economia da cidade?  Será que o setor público não poderia abrir mão dessa taxa? Como diz um ditado: se não pode ajudar, não atrapalha.
 
Por falar em taxas, muita gente deixou de fazer o carnaval devido às exigências do Corpo de Bombeiro: projeto elétrico, laudo técnico, projeto urbanista...   Não que eu seja contra as legislação vigente. Agora, é preciso pensar em alternativas para que tais exigências não prejudiquem a realização de eventos na cidade.
 
Nesse caso, o setor público, através do setor de engenharia, poderia ajudar no fornecimento dessas documentações e nas orientações de segurança. Seria uma contrapartida do setor público. Uma maneira barata de contribuir para o carnaval e até mesmo outros eventos. 
 
Como podem notar, existem várias formas do setor público contribuir para que tenhamos um bom carnaval. Sem precisar gastar muito. Ajudando quem quer trabalhar no carnaval. 
É bom sempre lembrar do slogan de campanha: “Deixa o homem trabalhar, não quero ver ninguém atrapalhar”.

 

 


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