03/01/2022 às 19h58min - Atualizada em 03/01/2022 às 19h58min

É hora de nos resguardarmos mais um pouco até que tudo passe

Maria José Baía Meneghite
Zezé com outros três grandes artistas do Pirineus, Jorge Cego, Dilson Ribeiro e Gilmar Ribeiro (Foto: João Gabriel Baía Meneghite)
Não posso negar, gosto de carnaval. Ao longo desses anos tenho participado de uma forma muito ativa nesse evento que envolve todo o meu bairro. Antes, quando a Escola de Samba Unidos dos Pirineus desfilava, fazíamos de tudo um pouco, fantasias, adereços e até samba como em 2010 quando concorri com sambistas respeitáveis e de muito valor e vi meu samba conquistar o primeiro lugar e ser cantado por mais de 3.000 pessoas.

Com a inatividade do Pirineus, o bloco criado pelo Luciano e amigos, cresceu de tal forma que outros sambistas e adeptos, sobem o morro para participarem da festa, ajudam como podem e o bloco sai esbanjando alegria.

Os bonecos gigantes feitos por meu filho Luciano e vestidos por mim, fazem a alegria das crianças. Enfim, posso dizer que o carnaval é uma das minhas paixões e ficar sem poder realizar essa festa como nos últimos anos é verdadeiramente muito triste.

Entretanto, precisamos entender que vivemos dias sombrios, assustados que estamos com essa doença que nos ameaça com a quarta onda e todo o cuidado é pouco. Triste nisso tudo, é saber que alguns prefeitos insistem em liberar esses festejos fazendo de conta que está tudo em ordem e que o Covid-19 desapareceu de vez. Quanta irresponsabilidade!

Em algumas cidades, prefeitos cancelam o carnaval, cumprindo seu papel de zelar pela população. A esses o meu respeito, pois sou decididamente contra a realização do carnaval porque sei o que virá depois. Mas eles, os caçadores de votos, só pensam na famigerada possibilidade de se reelegerem ou eleger alguém.

Quando é que pensarão no povo que os elegeu? Quando, meu Deus, compreenderão a necessidade de nos resguardarmos mais um pouco até que tudo passe?

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