18/11/2022 às 20h49min - Atualizada em 18/11/2022 às 20h49min

AUGUSTO DOS ANJOS – Semana Cultural – Leopoldina – Novembro/2022

Edson Gomes Santos
Durante os meus 23 anos de vivência física em Leopoldina até 1971, não me lembro de movimentos culturais individuais ou coletivos visando resgate, divulgação e consolidação poético-cultural de Augusto dos Anjos e sua obra, e Versos Íntimos era sua poesia “mais lembrada” (ou mais contundente?) principalmente as duas frases de encerramento:

                                          Apedreja essa mão vil que te afaga,
                                         Escarra nessa boca que te beija!

Confesso não haver sido frequente leitor de poesias, poemas e obras afins durante maior parte de minha vida, elementos literários tais que somente após a madureza vivencial passei a ler, entender e gostar.

Mas... se hoje e há algum tempo Augusto dos Anjos vem tendo sua obra e história  consolidadas através da Semana Cultural ora em andamento e das anteriormente ocorridas, houve um leopoldinense que “abraçou” o Poeta com todas suas forças – física, cultural, artística, emocional, humana e solidária – para que o EU Augusto dos Anjos não fosse esquecido e cujo nome, nesta oportunidade, por sua importância, registro em letras maiúsculas:

                                LUIZ RAPHAEL DOMINGUES ROSA

Idealista e empreendedor artístico e cultural, Raphael não mediu esforços para implantar e consolidar o Museu Espaço dos Anjos, “remou contra as marés”... e conseguiu!

Lembro-me da primeira vez em que estive no Espaço dos Anjos e pelo Raphael fui educada e cortesmente recepcionado, ocasião em que ele me apresentou o museu, comentou das ações pretendidas no curto e médio prazo, relatou sobre apoios culturais e financeiros necessários, enfim, declinou parte dos seus planos para tão importante Espaço Cultural.

Hoje, acompanhando a dimensão que a Semana Cultural Augusto dos Anjos adquiriu ao longo das suas realizações, não tenho dúvidas de que se não tivesse havido o interesse, a coragem, a dedicação, o desprendimento, a visão de futuro do Raphael, permito-me indagar:

Alguém, além do RAPHAEL, teria a determinação de consolidar o nome e obra de Augusto dos Anjos com tanta convicção, AMOR, coragem e desprendimento?

Então, no final daquela minha primeira visita ao Espaço dos Anjos, perguntei ao Raphael o porquê de tanta dedicação ao Poeta e sua obra, ao que ele, com um alegre e amoroso sorriso na face, respondeu-me:

“Eu sou o mordomo de Augusto dos Anjos, portanto estou a serviço dele no campo material.”

Então agora, ambos no Campo Astral, tenho a certeza de que Raphael e Augusto dos Anjos, juntos, formam uma dupla de magnífica grandeza na Eternidade.
                                         
                   
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