31/03/2023 às 09h59min - Atualizada em 31/03/2023 às 09h59min

JEDSON DOMINGOS DA COSTA – Despedida de solteiro

Edson Gomes Santos
Escrevendo a crônica Cartas resolvi rever minha “caixa de cartas” e lá fui eu lendo nos envelopes os nomes dos inúmeros remetentes; abrindo-os e relendo as cartas; recordando daqueles amigos, amigas, namoradas; dos convites de formatura, de casamentos, cartões de Natal, bilhetes, enfim... recordações.

Ali deparo com uma nota fiscal da Distribuidora Zona da Mata de Bebidas Ltda. - onde eu trabalhava e emitida por mim em 02/07/1971 – relativa à venda de 35 litros de chope Brahma para o Jedson e destinados a mais um encontro da Turma da Galomba na casa dele, cujo tira-gosto principal seria rã à doré (cerca de 220), caçadas durante 4 noites pelo Toninho Neder e Joanir, no vasto terreno em frente da casa do anfitrião.  

Jedson era contemporâneo dos meus irmãos mais velhos Reynaldo e Antonio e apesar da diferença de idade entre nós dois, por algum tempo quando ele ainda solteiro frequentamos e dançamos bailes em cidades vizinhas e depois de ele casado, às vezes promovia encontros em sua residência, como revela a NF acima citada.

Quando Jedson marcou o casamento Serginho do Rock exigiu dele que fosse realizada uma despedida de solteiro; ele concordou; marcou o encontro no então Bar e Restaurante Calábria, do Mário Calábria, ao lado da Banca de revistas, na Praça Félix Martins.

Lá estavam a “fina flor” da Galomba: Serginho do Rock, Toninho Neder, Joanir Gama, Alberto Schettino, Gilberto Pinheiro, Aloisio Bigodudo, meu irmão Antonio, Carlos “Sargento Garcia”, Paulo Galombada Ferreira, eu, dentre os que me lembro, além, é claro, do Mário Calábria.

21 horas – portas do restaurante foram fechadas e, tal qual confusão, quem tá fora não entra e quem tá dentro, não sai... rolaram cerveja, vinho, tira gosto, pinga, violão do Serginho, música, “cantores”, enfim uma “despedida” compatível com o nível da turma presente.

... As horas passavam e a “alegria” aumentava. Toninho Neder tinha o hábito de, após alguns “tragos”, molhar os dedos no copo com bebida e gestualmente lançar gotas no rosto de quem  mais próximo estivesse, aguardando o revide e retomar o “ataque” só que com mais líquido.

Não deu muito tempo todos estavam imitando Toninho, só que com os restos de bebidas nos copos, intensificando os mútuos “ataques” e, dali a pouco eram jatos de água e cerveja lançados uns contra os outros, numa molhadeira geral.

Portas fechadas, não havia como “fugir” e literalmente todos estavam com roupas molhadas.

1:30... já dia seguinte; é encerrado o evento; as portas são abertas; os participantes “liberados”, ... e, molhados, dirigem-se às suas casas na certeza de que a “despedida de solteiro” esteve nos padrões de gozação que somente JEDSON sabia aprontar.

Há detalhes que aqui não lancei e caso alguém deseje conhecê-los, é só conversar com o Mário Calábria pois ele ainda deve ter na memória os detalhes daquela estrondosa, memorável e molhada despedida de solteiro.
Ao JEDSON, que tenha um merecido lugar no Plano em que estiver.                    
 
                                                                               
 
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