... E como ele desempenhava bem tal importante atividade, enriquecendo cada cerimônia em que participava e, por conseguinte, sendo referenciado para outras vindouras.
Conduzindo o cerimonial nos bailes de debutantes anuais no Clube Leopoldina ou participando em outros eventos e no seu clube de serviços, aprimorava-se constantemente, tornando-se referência local e regional quando se tratava de Mestre de Cerimônias.
Funcionário da MinasCaixa, desempenhava com denodo suas funções, alçando importantes funções e nomeado Gerente da agência local daquele – infelizmente extinto – Banco.
Simpático, educado, ele trazia sempre consigo um sorriso e uma saudação para quem quer que a ele se dirigisse, fator que também engrandecia sua atividade funcional de bancário.
Inúmeras vezes presenciei, ele vindo pela Rua Tiradentes, parar seu carro em frente à loja do meu pai para dar um alô, apesar de o Sr. Eduardo ser um pequeno Cliente da MinasCaixa.
Sim, ele era comunicativo e detinha percepção sobre como se aproximar e relacionar com as pessoas, sem “invadí-las”, qualidade que, entendo, todo Mestre de Cerimônias deve possuir.
Julho de 1967, eis que Edgard estaciona seu brilhante e equipado Fusca em frente à loja do meu pai, chega até lá onde estávamos papai e eu, troca umas palavras com Seu Eduardo, e se volta para mim indagando: - Seu Eduardo já autorizou... fui convidado a apresentar um evento num baile em São João Nepomuceno, no Clube Trombeteiros de Momo e você toparia acompanhar-me até lá? Lá nos hospedaremos na casa do meu irmão. Sairemos sábado e voltaremos no domingo... Topa? ... Topei!!!
Eu conhecia a fama festeira de São João Nepomuceno; nunca havia ido lá; com 18 anos; já frequentando bailes, festas e baladas locais e regionais; era oportunidade de ouro para constatar a fama daquela festeira e hospitaleira cidade.
Meu “debut” em São João, “assessorando” e compartilhando da mesa do Mestre de Cerimônias ocorreu naquele evento, onde fui apresentado a algumas pessoas importantes da sociedade e, claro, a algumas garotas, estas convidando-me a voltar para os bailes do mês de julho, o então famoso Baião: bailes todos os dias dos meses de julho, uma semana em cada um dos 5 clubes da cidade... e frequentei São João desde aquele evento até 1971.
Resplendor, 1974, Galdino, subgerente da Minas Caixa e eu residíamos na mesma república, horário de almoço, Galdino adentra e comenta estar com auditor na agência; conversa vai conversa vem, eis que Galdino diz o nome do Auditor: Edgard Assis Pereira.
Não contive a alegria de poder reencontrar com meu “padrinho” para São João Nepomuceno, após tantos anos; tal encontro ocorreu e hoje ele fica aqui registrado, ao tempo em que envio um afetuoso abraço ao “meu”, sempre, Mestre de Cerimônias, Edgard Assis Pereira