28/08/2023 às 16h23min - Atualizada em 28/08/2023 às 16h23min
O valor do carro vai cair?
Bernardo Guedes
Normalmente vocês me ouvem falando sobre imóveis. Mas com o projeto da Reforma Tributária em andamento, já no Senado Federal para a revisão, como estudioso jurídico me arrisco a opinar sobre os desdobramentos que impactam no valor dos automóveis. E a pergunta de maior curiosidade de ser respondida é: “O valor do carro vai cair?”
Primeiro, é importante entender que diferente de alguns países desenvolvidos que têm incidência de 20% de impostos no preço do carro, o Brasil está no patamar de 40% à 50%. E porque números tão altos? Para tentar enxergar de forma prática no nosso dia a dia é que no nosso país se gasta muito tempo cuidando de burocracia enquanto deveria estar se preocupando com a formação de pessoas e produção, fazendo a economia girar.
Na realidade então a reforma não vem para reduzir os impostos, mas para simplificar. Isso poderá ser traduzido em forma de 3 letras: IVA, denominado de imposto sobre o valor agregado.
É cedo para dizer se finalmente o valor do carro vai abaixar, isso só saberemos quando definida outra “sopa de letras” de nome estranho, chamada de alíquota de calibração que ainda não foi estipulada, mas se espera com ansiedade, o que pode acontecer somente em 2026 que para aquele que precisa do carro como mobilidade ou simplesmente é amante que os valores cheguem mais baixos no mercado.
Além disso, uma novidade interessante que pode surgir é sobre a seletividade da nocividade à saúde e ao meio ambiente. Carros que emitem menos poluição pagariam menos.
De regra geral, o impacto positivo seria sobre os veículos novos. Logo, existe um consenso do segmento dos veículos usados de que o resultado poderia ser de elevação no valor do produto trabalhado por eles, razão pela qual o tratamento deveria ser diferenciado.
Como digo sempre: sem política não se vive e ela quando feita de forma nobre é representativa. São importantes decisões que estão perto de serem tomadas por aqueles em quem confiamos.
