Desenhista, chargista, cronista, fotógrafo, escultor... na verdade um curioso
Luc Luciano
Lembrete importante
Comunicado do 7° Pelotão de Bombeiros Militar de Leopoldina alerta aos organizadores de blocos carnavalescos e eventos semelhantes sobre a obrigatoriedade destes realizarem a declaração prévia dos eventos dez dias antes. Tal declaração visa a segurança de todos foliões e devem ser feitas neste link. Maiores detalhes sobre a legislação podem ser conferidos neste link.
Pirineus
Breve estará à venda a camisa comemorativa dos 70 anos da Unidos dos Pirineus. Preço R$35,00. Lembrando que Haverá a junção da escola com o Bloco da Bento e o Bão Igual Bosta na terça-feira de carnaval. A concentração na Praça Carlos Luz Meneghite na Cohab Velha. O desfile tem início às 18h.
Samba do Fajardo & Cia
Há sempre de se reconhecer a importância do Bloco Fajardo & Cia para o carnaval de rua de Leopoldina. Seu samba-enredo, mais uma vez composto por Miguel Valentim e bem gravado por Edna, Claudete e Liliane não parece esconder que é uma espécie de lembrança ou citações de alguns sambas já compostos sobre a Bahia, principalmente da Mangueira.
Abadá do Corujão
O G.R.E.S. Corujão da Madrugada anuncia que esse ano os abadás serão somente por encomendas mediante pagamento até 22 de janeiro
VALOR R$ 35,00
Praça do Urubu
A partir do dia 23/01 estará à venda no comércio da Praça do Urubu a camisa do “Carnaval da Saudade”. Uma camisa mais duas fichas de cerveja e bilhete de rifa para sorteio de brindes a R$45,00.
Os assassinos do carnaval
Cresci assistindo na TV, rádios e jornais nos anos 80 e 90 uma boa cobertura pré-carnavalesca Com destaque para a Rede Manchete e revista Manchete. Ainda guardo algumas. Entrávamos no clima do carnaval já no final do ano através da divulgação dos enredos e depois dos sambas-enredo das escolas de samba. Programas especiais como Esquentando os Tamborins, Botequim do Samba e transmissões de bailes, concursos de fantasias e reportagens especiais. Quem realmente fazia o carnaval era destaque. Nas últimas duas décadas o monopólio da Globo perdeu muita audiência, mas ainda mantém a liderança e o poder de influência. Os desfiles das escolas de samba tiveram seu tempo encurtado, o que fez acelerar os sambas. O número de agremiações caiu de 16 para 12 para se adequar à grade da TV. As duas primeiras escolas a desfilar, por exemplo, só tem seus desfiles transmitidos para o Rio de Janeiro. A transmissão é insossa e cada vez mais desinteressante. Antes do carnaval os sambas só ganham pequenos trechos nos intervalos comerciais. Pra piorar, justo na época do pré-carnaval, ao invés de nossa cultura em destaque, transmitem o esgoto importado do Big Bosta. Alguns dirão que hoje temos a internet com opções diversas, mas não é sempre que esta fura a bolha do besteirol. Como disse, a TV perdeu audiência, mas ainda influencia outros veículos de comunicação que acriticamente vão a reboque do lixo despejado. Nossas rádios, salvo um ou outro programa, não tocam mais as músicas carnavalescas que continuam a ser compostas. Muitas de grande qualidade. As redes sociais também sofrem essa influência negativa. O discurso demagógico de que “carnaval tem que agradar a todos” é usado para enfiar goela abaixo qualquer barulho sem sentido ou ligação com a festa. Vão pasteurizando, descaracterizando tudo. E as gerações mais novas vão se afastando do verdadeiro carnaval. É possível mudar, mas dá trabalho e poucos se dispõe a isso.