20/01/2024 às 11h51min - Atualizada em 20/01/2024 às 11h51min

O samba do Fajardo & Cia, as camisas do Pirineus, Praça do Urubu, Corujão e as orientações dos Bombeiros

Luc Luciano

Luc Luciano

Desenhista, chargista, cronista, fotógrafo, escultor... na verdade um curioso

Luc Luciano
Lembrete importante

Comunicado do 7° Pelotão de Bombeiros Militar de Leopoldina alerta aos organizadores de blocos carnavalescos e eventos semelhantes sobre a obrigatoriedade destes realizarem a declaração prévia dos eventos dez dias antes. Tal declaração visa a segurança de todos foliões e devem ser feitas neste link.  Maiores detalhes sobre a legislação podem ser conferidos neste link.

Pirineus

Breve estará à venda a camisa comemorativa dos 70 anos da Unidos dos Pirineus. Preço R$35,00. Lembrando que Haverá a junção da escola com o Bloco da Bento e o Bão Igual Bosta na terça-feira de carnaval. A concentração na Praça Carlos Luz Meneghite na Cohab Velha. O desfile tem início às 18h.




Samba do Fajardo & Cia

Há sempre de se reconhecer a importância do Bloco Fajardo & Cia para o carnaval de rua de Leopoldina. Seu samba-enredo, mais uma vez composto por Miguel Valentim e bem gravado por Edna, Claudete e Liliane não parece esconder que é uma espécie de lembrança ou citações de alguns sambas já compostos sobre a Bahia, principalmente da Mangueira.




Abadá do Corujão

O G.R.E.S. Corujão da Madrugada anuncia que esse ano os abadás serão somente por encomendas mediante pagamento até 22 de janeiro

VALOR R$ 35,00



Praça do Urubu

A partir do dia 23/01 estará à venda no comércio da Praça do Urubu a camisa do “Carnaval da Saudade”. Uma camisa mais duas fichas de cerveja e bilhete de rifa para sorteio de brindes a R$45,00.



Os assassinos do carnaval

Cresci assistindo na TV, rádios e jornais nos anos 80 e 90 uma boa cobertura pré-carnavalesca Com destaque para a Rede Manchete e revista Manchete. Ainda guardo algumas. Entrávamos no clima do carnaval já no final do ano através da divulgação dos enredos e depois dos sambas-enredo das escolas de samba. Programas especiais como Esquentando os Tamborins, Botequim do Samba e transmissões de bailes, concursos de fantasias e reportagens especiais. Quem realmente fazia o carnaval era destaque. Nas últimas duas décadas o monopólio da Globo perdeu muita audiência, mas ainda mantém a liderança e o poder de influência. Os desfiles das escolas de samba tiveram seu tempo encurtado, o que fez acelerar os sambas.  O número de agremiações caiu de 16 para 12 para se adequar à grade da TV.  As duas primeiras escolas a desfilar, por exemplo, só tem seus desfiles transmitidos para o Rio de Janeiro. A transmissão é insossa e cada vez mais desinteressante. Antes do carnaval os sambas só ganham pequenos trechos nos intervalos comerciais. Pra piorar, justo na época do pré-carnaval, ao invés de nossa cultura em destaque, transmitem o esgoto importado do Big Bosta. Alguns dirão que hoje temos a internet com opções diversas, mas não é sempre que esta fura a bolha do besteirol. Como disse, a TV perdeu audiência, mas ainda influencia outros veículos de comunicação que acriticamente vão a reboque do lixo despejado. Nossas rádios, salvo um ou outro programa, não tocam mais as músicas carnavalescas que continuam a ser compostas. Muitas de grande qualidade. As redes sociais também sofrem essa influência negativa.  O discurso demagógico de que “carnaval tem que agradar a todos” é usado para enfiar goela abaixo qualquer barulho sem sentido ou ligação com a festa.  Vão pasteurizando, descaracterizando tudo.  E as gerações mais novas vão se afastando do verdadeiro carnaval.  É possível mudar, mas dá trabalho e poucos se dispõe a isso.




Clique e confira na coluna anterior:

Montenário, Cooper Beer, pré-carnaval, ensaio do Corujão, e o respeito aos artistas locais


 
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