Desenhista, chargista, cronista, fotógrafo, escultor... na verdade um curioso
Luc Luciano
“Não me convidaram pra esta festa pobre que os homens armaram pra me convencer...” Seria exagero lembrar essa composição do Cazuza? Talvez.
A festa dos 170 anos de Leopoldina terá algumas boas atrações, mas uma coisa que me incomoda muito nos últimos anos é a ausência das duas bandas de músicas nos eventos oficiais. Tanto a Lira Primeiro de Maio, fundada em 1975, ano em que nasci, e a Banda Princesa Leopoldina, fundada em 1999, mais uma vez ficam de fora. Se vão ter alguma participação, não incluiram na programação oficial divulgada.
Pelo que sei, ambas as corporações musicais enfrentam dificuldades financeiras. Infelizmente uma realidade para a maioria das mais de 800 bandas de Minas Gerais. O Estado com maior número delas, não dá o devido valor a este patrimônio.
Segundo Bruno Cruz “Português”, maestro da Lira Primeiro de Maio, após longo período esperando a compra de instrumentos e equipamentos de som, fruto de emenda parlamentar, a Prefeitura enfim os adquiriu e integrantes da banda foram chamados para fotografias junto as estes, mas até o momento nada foi entregue.
Qual a razão da burocracia? Não estou aqui culpando a Prefeitura ou a Lira, mas questionando o que está emperrando a entrega dos instrumentos. Falta alguma documentação?
Sabemos também que a rala verba que era destinada à banda anualmente, cerca de R$2.000,00(Dois mil) já não é repassada desde o governo anterior. Sem aulas e consequentemente sem formação de novos músicos a tendência é seu desaparecimento.
E a Princesa Leopoldina? Em 2023 foi preciso doação do salário do prefeito para pagamento de aluguel ao Clube dos Cutubas. O que fez a Energisa, sua principal apoiadora, através da Fundação Ormeu Junqueira Botelho deixar de patrociná-la? Não temos resposta. Ninguém vem a público dar uma explicação, o que acaba gerando versões diferentes.
Nas últimas apresentações, integrantes de ambas corporações tocavam tanto numa, quanto na outra para suprir a falta de músicos.
Ou seja, como naquela piada da venda, “Tem mas acabou”.
Temos duas bandas, mas que não tocam.
Banda que não toca, acaba.
Relembrando apresentação da Lira Primeiro de Maio em 16 de dezembro de 2018. Dois dos que aparecem no video já faleceram. O saxofonista Waguinho Nogueira e o percusionista Ponté.
ESSA VAI PRA HISTÓRIA... Frases escutadas com os olhos que a terra há de comer
“Às vezes não sei se são cílios ou uma vassoura.” Junior Buonincontro sobre moda estranha atualmente.
“Ela é uma mulher EMPOLEIRADA.” Ouvida no ponto de ônibus da Carlos Luz
“Os vizinho fuma macumba.” De um menininho da Cohab Velha
Jorge Antônio Silva e Jairo Fernandes - Programa "Na Marca do Pênalti".
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